quarta-feira, 9 de junho de 2010

O RH após a crise

Um estudo lançado em Janeiro de 2010 pelo professor espanhol JoséRamon Pín, presidente do Centro de Estudos Internacionais sobre Organizações do IESE, escola de negócios de Navarra, na Espanha, recomendou o gerenciamento do capital humano, para tomar boas decisões na hora de demitir, aliada à necessidade de contratar pessoas multifuncionais.
Nos países latinos, especialmente Espanha e Portugal, as áreas de recursos humanos estão se especializando na redução de pessoas. Nos países em que a saída da crise já está clara, o RH está buscando formar uma imagem de bom empregador, para atrair talentos. É a situação do Brasil.

Pín ainda cita que é necessário preparar bons chefes, através da formação dinâmica de lideranças. Não é a toa que há uma tendência de buscar diretores de RH que não são especialistas na área. Para entender a empresa a pessoa deve conhecer o negócio por dentro, precisa ter autoridade para defender práticas e políticas junto à direção. E conclui dizendo que " o verdadeiro diretor de Recursos Humanos, no final das contas, é a direção-geral, que se apoia em pessoas do RH.

Converso com muitos profissionais de RH no Oeste da Bahia, e muitos, quando convidados à participar ativamente nas associações de classe - incluimos aqui a ABRH - e também dos cursos voltados à formação necessária ao RH, justificam sua ausência através do "excesso de trabalho, fechamento de folha de pagamento, ausência de tempo". Transferem assim a responsabilidade aos outros, dando a entender não terem vislumbrado ainda que a gestão de pessoas passou a ser prioridade na Gestão das empresas.

Há uma crise generalizada de profissionais da área de RH no Brasil inteiro, diz Jack Welch, ex-CEO da GE, uma das maiores empresas do mundo, quando nos fala que " É preciso esperar uma mudança de atitude da comunidade de RH. Os profissionais da área não podem mais ser passivos".
Menos mal portanto quando podemos observar que nossa região não é a única que sofre deste mal.
A pergunta porém é: até quando esperar? Até ser tarde demais e fazermos parte do contingente de profissionais despreparados para o mercado? Ou buscar a ação desde já através da participação ativa no desenvolvimento dos profissionais da Região Oeste da Bahia?
Tempo todos temos. É apenas uma questão de definir prioridades. Qual a sua?

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