domingo, 13 de junho de 2010

"Pesquisa mostra que cerca de 70% dos empresários não conseguem contratar gente qualificada

Justamente no momento em que está crescendo, o mercado de trabalho brasileiro está carente de profissionais qualificados.

Mais de 67% das empresas brasileiras estão com dificuldade para contratar. Para fisgar o especialista que está livre, os empregadores fazem de tudo. Chegam a oferecer salários bem atrativos, que ultrapassam R$ 7 mil.

Uma pesquisa da Fundação do Cabral mostra que a escassez de mão de obra especializada, que antes atingia muito a construção civil, espalha-se também por setores como o automobilístico, ferroviário, moveleiro, siderurgia e metalurgia, transportes e serviços. O estudo foi feito com as 76 maiores companhias do país, que afirmam que apesar dos 8 milhões de desempregados no Brasil há uma grande demanda por trabalhadores.

E como em todo o país, o apagão de mão de obra também ocorre no Espírito Santo. Falta gente preparada em vários segmentos, como a construção civil, a meltamecânica, o administrativo e até na indústria da moda.

Um dos principais problemas por aqui está em contratar profissionais com especialização em gerenciamento. Esses especialistas estão em extinção em muitas áreas produtivas.

"O mercado quer pessoas com capacidade para fazer algo diferente. No setor de desenvolvimento de recursos humanos, por exemplo, as empresas não encontram profissionais capazes de trabalhar com o desenvolvimento de pessoas. No setor financeiros está difícil de achar pessoas para trabalhar com investimentos e produção de orçamentos", afirma o vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos e diretor de Desenvolvimento Pessoal da Lorenge, Nilson da Silva.

Segundo ele, arquitetos e engenheiros da construção civil, com especialização em redução de custos, são tão procurados que chegam a ganhar por mês uma remuneração de R$ 7 mil.

Na indústria, há uma grande falta de técnicos. "O setor industrial no Estado está em franca expansão e temos a carência de especialistas em planejamento, controle e manutenção.

As empresas querem contratar, no entanto não acham os profissionais preparados para a função. Muitas ficam sem aumentar a produtividade por não achar trabalhador capacitado", explica o presidente da Findes, Lucas Izoton."

Notícia publicada em 05/06/2010 pelo A Gazeta - ES. Autora: Mikaella Campos.

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