O comportamento profissional pode ser decisivo na hora da contratação e do crescimento dentro da empresa. Por conta disso, os especialistas de Recursos Humanos estão cada vez mais rigorosos e detalhistas nos processos seletivos. De acordo com a pesquisa “A Contratação, a Demissão e a Carreira dos Executivos Brasileiros 2009", realizada pela Catho Online, 12% das demissões ocorrem por causa de má conduta do funcionário. Daniella Correa, consultora de RH da Catho Online, afirma que as causas envolvendo demissão por procedimento inadequado de funcionários vão desde fatores como faltas e atrasos, até problemas comportamentais e de personalidade (fofocas, dificuldade em trabalhar em equipe e falta de ética). “Os recrutadores atualmente já avaliam, além das competências, o comportamento e os hábitos do profissional nos processos seletivos, na intenção de prevenir a contratação de profissionais que possam ter problemas comportamentais”, afirma. Segundo a presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Leyla Nascimento, muitas organizações dão o mesmo peso do currículo para a postura, na hora de admitir ou promover. “Algumas coisas são muito importantes. Quando se busca uma vaga, uma delas é conhecer bem a empresa em que se pretende trabalhar. Cada uma tem um código de conduta. Mas é bom que fique claro que mesmo que a empresa tenha uma linguagem informal, não quer dizer que é permitido falar gírias e palavrões”, orienta. Já em relação ao vestuário, é preciso atenção, porque há trabalhadores que necessitam usar roupas sociais e ternos, mas normalmente são os que não precisam usar esses trajes que erram. “Quando uma empresa permitir o uso de calça jeans, valorize a camisa. Como o profissional se veste também revela o cuidado que ele tem consigo”, alerta. Leyla ressalta que a leitura é importante também quando o assunto é mercado de trabalho. Ela explica que a maioria dos brasileiros não tem esse hábito e isso se reflete no conhecimento, na escrita e na forma de se expressar. “Numa entrevista, por exemplo, a pessoa habituada a ler se interessará em buscar informações sobre a empresa, que será sempre o assunto da entrevista. Se não levar essa bagagem, na hora, terá dificuldade de se apresentar e manter um diálogo com o entrevistador” adianta. Fofoca: fique longe Em toda empresa, há pessoas que espalham notícias, muitas vezes falsas, para anunciar problemas, expor insatisfações ou prejudicar a imagem da instituição. A especialista alerta que hoje em dia a comunicação da empresa é muito mais rápida com a internet, intranet e outros meios, mas a chamada “rádiocorredor” ainda tem um forte apelo na instituição e é uma grande via de propagação de fofocas. “A pessoa, ao participar de qualquer assunto sem fundamento emitindo uma opinião, corre o risco de seu ponto de vista percorrer toda a empresa. O funcionário pode se envolver numa zona de conflito sem necessidade. Então, quando não se tem uma informação concreta, é preciso muito cuidado, porque tudo o que for dito refletirá em sua imagem perante a organização. Nós somos a imagem que as pessoas percebem da gente”, ressalta. Ela diz ainda que, ao se envolver em fofocas, o profissional constrói sua carreira em bases fracas. Leyla cita um problema muito comum, que é a divulgação de opiniões sobre a empresa, reclamações de chefia e de comportamento de colegas em redes sociais na internet. “O Twitter, por exemplo, não foi criado para isso. Quando se emite uma opinião nessas redes sociais, é preciso entender que se está exposto ao mundo inteiro, até aos seus colegas de trabalho. Mesmo que ninguém da empresa leia a informação ou não se queira mais trabalhar nesse local, pode haver futuros empregadores lendo e, com certeza, desaprovando a atitude. A pessoa estará usando sua imagem de maneira indevida e pode ser prejudicada futuramente.” Dicas de comportamento: – Seja pontual: tanto no horário de chegada, como também na entrega de suas atividades; – Tenha bom relacionamento com os seus colegas: saiba ouvir e respeitar os seus colegas, trabalhar em equipe, e não os critique em público; – Cuidado com a sua imagem: comportar-se adequadamente, de acordo com a cultura da empresa (vestuário e vocabulário). Não use gírias ou palavrões; – Seja pró-ativo: tente prevenir o surgimento de problemas; – Tenha ética: Não tente levar vantagem ou assinar trabalhos de outros. Não fale mal da empresa ou do seu gestor. Evite fofocas ou brincadeiras de mau gosto; – Seja flexível: saiba lidar com as mudanças; – Preocupe-se com resultados: foque suas metas; – Vista a camisa: dê o seu melhor, preocupe-se com o resultado geral da organização; – Seja cordial: descarte respostas ríspidas e irônicas; – Seja participativo/interessado: contribua com as suas sugestões; – Aprenda com as críticas: Não considere sua opinião como verdade absoluta e inquestionável; – Estude: conheça novas tecnologias e se mantenha atualizado; – Respeite o seu gestor: aprenda e respeite o ritmo do seu gestor; – Venda o seu trabalho: saiba divulgar os seus resultados; – Saiba ajudar: troque conhecimento, seja solícito. Amanhã, você é quem poderá precisar; – Saiba pedir ajuda: não tenha resistência em pedir ajuda; – Use com bom senso os recursos da empresa: evite utilizar recursos da empresa (telefone, e-mail, entre outros) para outras finalidades. Siga as normas; – Competidor saudável: não "puxe o tapete de seus colegas". Fonte: Catho Online |
| Fonte: ARCA UNIVERSAL - WEB Autor: Gabriela Jaya ABRH-SP 04.10.2010 |
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Atitudes no trabalho são tão importantes quanto o currículo
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