Pesquisa conduzida pela professora da PUC-MG, Betânia Tanure, indicou que apenas 11% dos presidentes de empresas estão satisfeitos com o trabalho de seus diretores de RH. Para mim, homem de RH e Planejamento Estratégico, o resultado não é surpresa. Do outro lado, os homens com a chave do cofre, os diretores financeiros, têm a confiança de 90% dos principais executivos das empresas.
Tenho enfatizado a necessidade urgente dos profissionais de RH de se envolverem com o negócio. Não é mais concebível que um profissional de importância estratégica de quem lida com gente fique alienado das questões ditas numéricas.
É pelo orçamento da empresa que corre o líquido vital do sucesso ou do fracaso da empresa. Saber do orçamento é responsabilidade de todos os que se envolvem com resultados da organização.
O RH também deve ter a compreeensão da cadeia de valor da empresa: conhecer como a empresas transforma a matéria-prima em valor com uma visão clara da contribuição dos produtos ao cliente.
Outra mudança urgente do RH é a questão do vocabulário. A linguagem própria natural em determinadas rodas especializadas é exagerada em nosso departamento. Fale a linguagem de seus clientes internos.
Por fim, a confiança exagerada dos CEOs em seus profissionais do departamento financeiro na relação 9 por 1 mostra que no DNA corporativo, no final das contas, as políticas, princípios, valores, responsabilidade social e modelos de gestão estão submetidos perigosamente aos números. É preciso ter cuidado com isso e a voz do pessoal de RH pode fazer uma importante diferença sob risco, no limite, do prejuízo ser outro. Por enquanto, essa voz está com o volume muito baixo junto aos ouvidos dos CEOs.
Fonte: Carlos Faccina - http://colunas.revistaepocanegocios.globo.com/prazodevalidade/2011/08/30/apena-11-dos-ceos-estao-satisfeitos-com-o-rh/
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